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Padre Fábio de Melo desabafa: “O álcool destruiu a minha casa”

Ele participou do programa Conversa com Bial, na TV Globo, nesta sexta-feira (27/10) e relembrou momentos marcantes em sua trajetória.

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FOTO: Reprodução / TV Globo

O padre Fábio de Melo participou do programa Conversa com Bial, da TV Globo, e desabafou sobre os problemas com álcool que sua família passou e segue passando. Ele conversou com Pedro Bial no programa nesta sexta-feira (27/10) e citou os problemas que teve com o pai e a alteração na personalidade do patriarca quando ingeria bebida alcoólica.

“Meu pai foi um homem que teve uma fragilidade enorme que abriu portas para as outras que foi o álcool. O meu pai alcoolizado era um homem completamente diferente do homem sóbrio que nós tínhamos no dia a dia. Meu pai era um homem lindo, íntegro, de nobreza de alma. Só que quando ele bebia… É uma coisa que insisto muito como padre nas minhas pregações. O álcool destruiu a minha casa, continua destruindo pois ainda é um problema na vida de alguns irmãos”, disse o padre.

Fábio categorizou o problema como “genético” e decidiu de abster desse tipo de comportamento com medo de agir como o pai. “É genético, não tenho dúvida disso. Se eu me concedesse o direito de beber de vez em quando eu tenho medo de me transformar no meu pai”, afirmou o pároco.

Ele ainda falou sobre algumas traições que aconteceu em sua família e chegou a afirmar que não teve felicidade em sua infância. “Eu fui exposto muito cedo a sentimentos para os quais eu não estava preparado. A traição do meu pai eu que descobri. Eu era um menino. Devia ter uns 6, 7 anos. Foi horrível, eu estava com ele. Ele, acreditando na minha inocência, que não estava identificando o que estava acontecendo”, contou.

O pároco ainda relembrou momento tristes que passou, como a morte da mãe vítima da Covid-19 em 2020. Momento esse que ele classifica como “o pior momento de sua vida”.

“E quando eu vivi a experiência definitiva daquela finitude com ela, da minha relação com ela, vivi uma libertação também. Eu agora posso morrer. Vi minha mãe sepultar duas filhas, vi minha mãe visitar durante quatro anos um filho preso, e eu sabia o quanto ela vivia o sofrimento de todos nós. Quando ela morreu foi a primeira coisa que pensei: “pronto, agora se eu não quiser ser feliz eu não preciso mais”. Claro, não é a minha opção, mas é, de fato, uma realidade que se apresentou pra mim”, declarou.

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